terça-feira, 17 de abril de 2012

Poeta do Corpo


















Contorno lentamente o teu tracejado.
Lendo os teus versos - insânia erótica -
Soneto perfeitamente metrificado,
Refletido sutilmente à sua alvura gótica.

Teus longos cabelos deleitados docemente
Contrastando com a sua alva tez,
São como rimas, interpostas perfeitamente
Atiçando a minha varonil avidez


Trago na ponta da língua a tua poesia
De onde emanam os mais doces perfumes
Tomado pela perversão em demasia
Abstenho-me dos católicos “bons costumes”.


As tuas páginas abrem-se em gozo
- Penetro lentamente à leitura -
Banhado ao concerto mais virtuoso
Toco suavemente a tua partitura


Em meio à leitura, tenros espasmos
E as páginas antes rijas, desfalecem
Olhos revirados, prévia de orgasmos
Momento em que nada e todas as coisas acontecem...
                                                               (Rafael de Oliveira)

Um comentário:

  1. Belíssimo poema!!! Parabéns poeta do corpo, parabéns Rafael de Oliveira! Sucesso e inspiração sempre!!!!

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