quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Saiba

Eu sei
Você não gosta que eu diga (sinta)
Mas, estou com saudades...
 
Do teu cheiro
Da tua pele
Da tua face.
 
Isso não responde às tuas perguntas
Mas, nem precisa 

Você é o único que sabe...
 
Do meu cheiro
Da minha pele
Na tua carne.

Ivana Rodsi

domingo, 22 de agosto de 2010

sábado, 21 de agosto de 2010

Tu queres o meu querer?





Tu Queres o meu querer?

Quero tuas pernas abertas
Escalando os meus ombros,
Quero beijá-la Xana.

Quero beber o teu suco
Deixar-te em êxtase,
Quero consagrar o teu cálice.

Quero amassar-te os seios e
Oferecer-te minha espada
Para que tu deixes-a segura
Junto à constelação do teu céu.

Quero penetrar-te a fenda e
Tocar-te o intimo, quero
Ouvir o canto de Clitóris.

Quero me entorpecer com o teu grito
Após comer-te as costas,
Quero explorá-la de quatro e
Deixá-la toda torta.

Quero ouvir os teus sussurros
Consumindo todo o prazer,
Quero gozar-te à boca e
Dar-te o que beber.


- Carlos Conrado


01/06/2007

domingo, 15 de agosto de 2010

Duo


 
Sinto o peso do seu corpo
Deslizando suado sobre o meu
No vai-e-vem das minhas curvas
Onde o meu fim é o começo seu.

Acelera o meu pulsar
Sussurrando em meu ouvido
As rimas do seu beijo quente
Entre desejos escondidos.


Um fogo domina meu corpo contido
Uma loucura sem cura domina minha mente
E quando eu já não domino mais nada
Você me domina completamente.


Rendo-me a lascívia de seus apelos
Entregando-me com sede ao desejo voraz
Empenho-me ávida por satisfazê-lo
Descubro que isso é o que me satisfaz.


Ivana Rodsi & Ícaro Olavo

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Quando é que poderei deixar de viver?
Ao parar de pensar
Ao parar de sentir
Ao parar de enxergar
Ao parar de relacionar-me com o mundo
Ao deixar de valorizar o ser humano
Ao parar de sonhar
Ao pensar que o que eu faço sempre é melhor do que o que os outros fazem
Ao tratar a morte e a desgraça alheia com banalidade
Ao acreditar que a morte é a solução para todos os problemas sociais
Quando isso acontecer morri
E acrescento, há mortos que pensam que estão vivos.

Alan S.


O meu sangue é uma cachoeira pronta se preciso for para te banhar.

Quero utilizar a minha carne para te alimentar, assim você saberá

quem sou.

Sou teu,
impalpável,
sem sombra,
o que me restou,

esse sou eu.

Alan S.
Nesses momentos não sou eu
Sou alguém, sou alguma coisa
Posso estar dentro do outro
São tantos os caminhos que me conduzem a isso
A visão, o olfato, a audição, ah! a imaginação
Sou sustentado por ela
Guia-e aonde desejo ir
Fiel escudeira que me livra e me põe diante de quem eu quero e não quero
Sempre será um prazer viajar nessa embarcação
Quando estou nessa jornada esqueço-me de quem eu sou ou de quem gostaria de ser
Eu não existo
A velocidade, o contato, a excitação do momento, a coragem da exposição, a força física...
Quando penso que não conseguirei mais
Que não resistirei
O cansaço grita
Não dá!
Está bom!
Sim
Ejaculei.

Alan S.
“Ah tristeza,

você está mais solitária do que eu.

Quer o meu aconchego,

tenho percebido isso,

tal a sua presença constante

em mim.

Como poderia

um solitário consolar um triste?

Controverso,

incompatível,

descredibilizada relação,

desabilitada pela razão.

Ah vida medíocre e insólita,

mentirosa em suas promessas.

Os seres são iludidos pela conversa fiada que é proferida

por idiotas que trabalham a seu favor.

Quem te disse que podes afirmar por aí

que é fácil viver?

Nunca saberias!

Miserável!

Infame!

Louca!

Burra!

Coxa.”

Alan S.


Maria morreu
Pedro e João também
Paulo, Sérgio, Ruan, Carlos, Filipe, morreram
Katarina tão linda...
André, grande homem, coitado
Eduardo e Eduarda, tão parecidos
Ana e Paula morreram juntas
Os que transavam morreram
Chorando, gemendo, gritando...
Muitos morreram e morreram
Lutaram contra o mundo e contra si mesmos
Tentaram, buscaram, até o fim.
Inês é morta
Joana é morta
João Paulo é morto
Augustus é morto
Césares são mortos diariamente
Morreriam todos um dia
Eu estou vivo mesmo estando morto.

Alan S.

(.)

A VIDA PASSA:
Caixa de Pandora.

Mal-estar, pós-muidezas-modernismos no azul do desejo por ti.

Nem orjut, nem witter.
Só blog-terapia, para libertar os males, Mítica pantomima Microsoft-Bloom.

Que ética?
Me peço silêncio. A ética-do-mal-de-mim-mesmo, enfim.

Danilo Machado

sábado, 7 de agosto de 2010

DE LEIToR!

Lia. Relia. Lia com veemência, relia contrariando a fugacidade dos próprios aspectos cognitivos que não lhe concediam o saber. Mal sabia que o suprassumo era sentir. Repentinamente se desconfiou metaforizado no texto. Num primeiro momento com sutileza, mas após algumas poucas páginas se encontrava perdido. Já não tinha mais a convicção de ser leitor (o ser que lia e relia). Tentou encerrar a leitura, mas não haviam pontos à vista, nem à curto prazo. Somente umas reticências que não lhe diminuíam a aflição. Aqui e acolá alguma vírgula lhe suscitava uma breve, mas vital tomada de fôlego. Tinha indagações, mas não havia tempo para respondê-las. Perguntava-se por quem havia sido escrito. Tinha medo do posfácio (seria o fim de tudo? Ou haveria uma sobrevida na contracapa?). Atordoado, tentou levantar-se e derrubou o acento. Cometeu um grave erro ortográfico e sentiu-se culpado. Depois se eximiu da culpa, pois deveria ela pertencer ao ser que o escreveu. Ao pensar assim sentiu-se lido por outrem. Sua privacidade fora violada. Sentiu nas páginas, cálidas, uns dedos pesados que afagavam-lhe as letras. Uma saliva alheia lhe umedecia as extremidades a cada folheamento. Abria-se e fechava-se, e a cada intersecção era devorado por olhos vorazes. Procurou nas entrelinhas uma explicação, mas nada encontrou. Então olhou para fora de si e perguntou: QUE FAZ AQUI ?

(Juliano Beck)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Duas quadras


Antes que o dia amanheça
Derramando o teu suor
Embriague-se no meu vinho
Dando-me o teu melhor.

Para quando a lua for embora
Você não pense em voltar
Àquela outra cama
Deixando-me a esperar.



Ivana Rodsi



"Pois, você é meu amante, amado, amor..."