quinta-feira, 22 de julho de 2010

PRAZER


Prazer
Quero brindar contigo
esta poesia condenada
com bons gramas de ópio
e algumas doses de desgraça.
Vês? A noite nos pertence!
Vamos tornar concreto o nosso ato
nada de deixar ensaios mal ditos.
Maldito é o nosso amor.
Somos a personificação dos pesares...

Vai... Deguste meu bem
os vermes que restaram
de uma sociedade esquecida
no canto do teu prato.

Sinta o sabor da intolerância
arder em tua lingua.
Para quê a esperança
se temos carnificina como sobremesa?
Apague estas velas
quero despir-te na escuridão,
gosto do teu corpo enegrecido...

Quero ouvir teus gemidos
enquanto viajo em tuas curvas,
quero ver a agilidade de tuas mãos,
quero o néctar consumido.


Susurres ao penetrar da minha espada.
Entrega-te a volúpia
dedica-te ao ato
e esqueça o coração.


- Carlos Conrado -

2 comentários:

  1. _Rima a concupiscência outra quimera calcinada,
    seu Poeta Maldito, nobre vagabundo
    são por heresias como estas
    que foste enviado por Hera
    aos confins do mundo!

    _Bendita sea Cibele
    fui por ela Iniciado
    Hoje vago por teus versos
    sou leitor embriagado

    _Façamos então um brinde
    Oferenda ao Deus do trago!

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