"É hora de se embriagar! Para não serdes os martirizados escravos do Tempo, embriagai-vos; embriagai-vos sem tréguas! De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha." Charles Baudelaire
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Acelerado
Apenas sozinha, eu consigo me servir de você do jeito que quero
Eu posso subir por você como arrepio
Você pensa no mesmo quando te beijo
Posso sentir o cheiro de seus pensamentos
Quando estou a sós com você
Estou correndo em suas veias
Acelerado
Encontro sua direção,
E de sua saliva me ponho a beber
Todos os gostos quero provar
Os outros gostos que tem em você
E ao sentir tua pele em meus dedos
Posso cortá-lo sem querer
Posso cravar minhas unhas
Ferir mesmo você baby
Mas só se estivermos a sós
Se me encontro a sós com você
Minha mente não segura
Me vejo, assim, nua
Com suas mãos a minha nudez perceber
E eu me sinto tão quente
Tenho febre de quase ferver
E quando menos espero,
Estando a sós com você
Minha cabeça dá voltas
E eu não vou mais me segurar
É fogo que tenho nos olhos baby
E é ele que vai te queimar
É nele que vai se queimar
20/02/2009
quinta-feira, 2 de junho de 2011
O acidente
O Cheiro do teu Sexo
esbarrou em meu nariz
fazendo uma brusca curva
desceu ladeira abaixo,
caiu escancarado na rua
Meu Sexo.
O bairro Meu Corpo
alarmou-se.
Morreu o Cheiro do teu Sexo
na lança erguida e iluminada
que atravessou-lhe com gosto.
*Carlos Conrado*
sexta-feira, 4 de março de 2011
Carnaval
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Antes que você feche a porta
Saudade II
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Mentiras sinceras,

Pra ser sincero eu queria acreditar somente no teu eu-lírico, fazer de conta que isso tudo é só Literatura e gozar das interpretações que por ventura me proporcionas... mas tua vida é poetizada além dos traços... Pra ser sincero minha vontade é deitar tua prosa no meu colo e te afagar a nuca enquanto não falo nada... porque eu não sei dizer, só aprendi à cravar meu verso bem fundo no âmago da tua indecência. Pra ser sincero eu tenho fé em ti, ainda que menina enferma que traz nas veias abertas o gosto de todo o ouro e prata de que foi despojada... Se hoje vejo as tuas costas nuas, rememoro com saudade o mar revolto que te delineia ao dorso... e o remorso de não ter ficado mais tempo ao teu lado, cuidando de ti. Pra ser sincero isto me livraria de ter que ir à livraria pra tomar café. E teus pecados de ortografia não se tratam de deriva secular das línguas ou transmissão irregular, mas do escrever nua, as coisas cruas, paridas ao vento. Falo do verbo querer! Queres com veemência o meu substantivo, sem pronomes, tributos ou pena. Pra ser sincero eu não faço mais que simular com denodo a verdade.