terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

O Ginógrafo

                                         


Desejo ser teu íntimo escriba,
traçando versos sobre tua pele;
Qual náufrago que em tuas águas flutua,
sedento pelo néctar que emana dele.

Em tuas curvas, minha pena altiva
compõe poemas que o desejo impele;
És pergaminho vivo que me cativa,
grimório onde minha alma se revele.

Como amante das letras e do corpo,
faço de cada toque um verso torto,
de cada beijo, estrofe incandescente;

Em ti escrevo histórias proibidas,
com tintas de paixão jamais contidas,
sou ginógrafo em tua carne ardente.

Carlos Conrado